Aranha marrom

Características:

> Dentre todas é a que provoca o pior envenenamento;

> É de pequeno porte (não passa de 2,5 cm de envergadura);

> Tem temperamento extremamente tímido;

> Tem coloração castanha e poucos pelos recobrindo o corpo;

> Possui seis olhos perolados, agrupados de dois em dois na região da cabeça;

> É extremamente comum dentro de residências;

> É de hábitos noturnos, escondendo-se durante o dia, atrás de quadros, móveis e no meio de roupas usadas, principalmente nos lugares mais suados e com odor mais forte, como axilas e virilha;

> Não faz teia, mas forra seu abrigo com um tapete pegajoso de seda;

O acidente sempre ocorre da mesma maneira, quando a pessoa veste a roupa, com o animal dentro, comprimindo-o contra o corpo;

> Seu veneno é extremamente potente, sendo anestésico, hemolítico (destrói as células sangüíneas) e proteolítico (destrói os tecidos, causando necrose);

O fato do veneno ser anestésico faz com que a pessoa não sinta a picada, procurando o médico somente após alguns dias, quando os sintomas já estão bastante adiantados;

> É a única aranha que, causando acidente, vai requerer, obrigatoriamente um tratamento soroterápico, independente da condição de saúde da pessoa ou de sua idade;

O soro utilizado é preferencialmente o anti-loxocélico; ou, então, o anti-aracnídico na falta daquele;

 

Sintoma:

> Inicialmente aparece um eritema com edema duro no local da picada (vermelhidão com uma placa dura de 1 a 2 cm de diâmetro;

> A região da picada fica avermelhada, com aspecto marmóreo;

> Acompanham estes primeiros sinais: febre e exantema;

> Dias depois abre-se, no local da picada, uma fenda de difícil cicatrização e que pode evoluir para necrose da área;

> Podem aparecer, ainda: anemia aguda (diminuição de glóbulos vermelhos), icterícia (corpo com pele amarelada) e hemoglobinúria (urina escura, podendo chegar à cor de café expresso concentrado, por destruição de células sangüíneas = hemólise;

Pode, por este motivo, evoluir para insuficiência renal aguda, principal causa de morte provocada por este tipo de acidente;

 

Lembrete Especial:

Neste tipo de acidente a soroterapia é sempre indicada. A soroterapia neutraliza o veneno ainda circulante no organismo; porém, o local lesado (ferida) pode evoluir (piorar), pois o soro não age no local da picada. Em muitos casos há necessidade de se recorrer à cirurgia plástica para reconstruir o local lesado.

 

Antíduto:

5 a 10 ampolas de SAAr/SALox (SAAr Soro Antiaracnídico / SALox Soro Antiloxocélico);

Centro de Informações Toxicológicas – CIT/Curitiba:

Fones: (41) 248-9969/346-2204 – F/DDG: 0800-410148 Fax: (41) 330-4479  CCI Londrina – F: (43) 371-2244 CCI Maringá – F: (44) 225-8484 

O tratamento complementar consiste na limpeza local com anti-sépticos e hidratação do doente de maneira semelhante ao preconizado para o acidente crotálico.

A vacinação anti-tetânica está indicada. Os antibióticos devem ser utilizados quando houver infecção secundária de maneira semelhante ao preconizado no acidente botrópico.

O emprego do soro específico deve ser feito até 36 horas após o acidente.

 

Conduta do paciente:

Evitar que o paciente se movimente muito;

Não fazer torniquete no membro acidentado;

Aplicar compressas frias (10 a 15 ºC) nas primeiras horas;

Aplicar respiração artificial, caso a pessoa não estiver espirando bem.

 

Efeitos:

OBS.: Sempre procure um médico. Não faça nada sem a orientação de um especialista.

 

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